De nada adianta correr se estamos na estrada errada

A estrada errada leva a destinos incertos. A vida humana para muitos é entendida como um caminho, uma estrada, uma via a seguir. Como qualquer estrada, ela pode ser longa ou curta; reta ou torta, com muitos ou poucos obstáculos, bem ou mal trilhada. Toda estrada por ser um curso e um percurso diário, ninguém a tem pronta, decifrada ou definida. Ela é conquistada caminhando de forma aberta, atenta e persistente. Nela se pode ir a passos lentos ou correndo, pouco importa! Importante mesmo é seguir sempre, sem voltar atrás, girando a cabeça ao passado apenas para aprender dele. No caminho trilhado, na estrada feita, a única coisa que deve ser tomada cada vez de novo é somente o que está como origem e fonte. E o grande cuidado a se ter todo momento é o de verificar se houve desvio e/ou se foi pega a estrada errada. Quem pega a estrada errada e insiste nela, com o tempo perceberá o cansaço desagradável que vem dos passos vacilantes, a sofrida sensação de inutilidade dos esforços feitos, o desgaste das boas energias conquistadas e a percepção real de que o tempo se foi sem nenhum fruto ou resultado. Esses são sintomas bem claros de que se está na estrada e na escolha errada! Nesse caso, andar ou correr nessa direção é apenas afundar. Se afundar for entendido no sentido de ir a fundo, pra valer mesmo no caminho assumido, pode acontecer de se chegar ao fundo mais fundo da própria perdição e ali brotar uma luz que reorienta a pessoa a retomar a estrada boa e correta que vinha trilhando anteriormente. Foi do fundo do poço que tantas vezes saiu pessoas renovadas, maduras e sadias para a compreensão mais profunda da vida. Mas isso só pode acontecer em quem radicaliza a experiência de ir a fundo (com todo vigor) na via que tomou. Caso contrário, fica patinando na confusão e sofrendo daquele enorme tormento de que tudo dá errado na vida.